Porque a frieza ou o distanciamento das relações interpessoais é do HOMEM (espécie humana). Não do mundo...Mas pensamos que este lado 'mais falho' nem tão bonito e difícil do ser é 'defeito de fábrica' e penso que não.Faz parte do humano e NÓS somos APENAS seres humanos...
"Hoje eu descobri que tua ausência ainda dói, e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas, bilhetes e me desmemoriei por algum tempo...Quis tanto ter você, depois silêncio. Mas nessa tarde estranha só vem tua falta à tona, e eu desamarro um pranto tão antigo…Desculpa essas palavras com cara de choro: mas ainda há reticências... Ainda há você em mim."
É essa a hora em que o céu perde o azul e mar adentro vê-se apenas a massa espessa da treva.
Esta é a hora em que as ruas ficam vazias. As aves retornam aos abrigos, os sons se dispersam.
Esta é a hora em que os nossos temores, dissimulados durante o dia, se acumulam. Mas é também a hora em que nosso olhar, antes distraído pelo colorido do dia, volta-se para dentro de nós mesmos e dos nossos ocultos sentimentos.
É a hora em que revemos nossa caminhada, repensamos os rumos, reavaliamos a direção, e somos surpeendidos pela descoberta, até então insuspeita, de que, apesar da noite aqui fora, resiste em nós uma luz imperturbável, clara, serena, uma luz definida que noite alguma pode apagar, e não apaga!
"E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesma."
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